domingo, 20 de março de 2011

Cidade mineira conserva traços de passado indígena

Araxá preserva cultura de tribo de índios que habitava região.
Museus e nomes de ruas remetem aos primeiros habitantes.




A cidade de Araxá (MG) preserva traços de sua história que podem ser identificados nas ruas, prédios e museus. Em diversos locais é possível ver marcas da influência indígena no município, local anteriormente habitado por uma tribo.

“Nossa história está permeada por uma herança indígena que não se pode negar nem esquecer”, diz a historiadora Glaura Nogueira. "Temos vários nomes de ruas, como Pepururé, Itacuru, Ipiaó." 
     
Foi o bandeirante Lourenço Castanho Taques quem deu as primeiras notícias sobre a existência dos índios araxás na região. A tribo foi dizimada pelo capitão de campo Ignácio Correia de Pamplona.

Mas o município não esqueceu suas origens. Por todos os lados, a história da tribo que habitava o local é contada. Um dos exemplos é a via de acesso à cidade. Quem chega a Araxá pela Avenida Imbiara dificilmente sabe que seu nome, na língua dos índios araxás, significa “caminho das águas”.

Os museus da cidade também preservam o conhecimento e o passado do local. Instrumentos de caça, pesca e utensílios dos índios podem ser encontrados em exposição. “Se nós olharmos a nossa cidade de forma atenta, encontraremos vários sinais para interpretarmos. Na história, nada acontece aleatoriamente. Temos uma cultura diversificada, bastante rica, e que merece ser conhecida, interpretada e divulgada”, afirma Glaura
.



Comentário:Acho muito importante a conservação das memórias indigenas, pois faz parte da nossa história e cultura. É importante manter as nossas origem e raízes vivas e sempre lembrar de onde viemos.


Andréia Barbosa Gomes

Índios encerram manifesto em rodovia

Após certificação federal de acordo, por meio de documento enviado pelo Ministério da Justiça e pela presidência da Funai, estrada é reaberta


Roger Pereira
Terenas mantiveram rodovia fechada por 5 dias, mas sem conflito
BIANCA ZANCANARO
Da Reportagem/Sinop

Os índios da etnia terena liberaram ontem, por volta das 17h40, o tráfego da BR-163. A decisão foi tomada após os líderes dos indígenas, Milton Jorge Ituri Rondon e Sirênio Reginaldo, e demais lideranças receberem um documento do Ministério da Justiça e da Fundação Nacional do Índio (Funai) em cumprimento ao acordo firmado para desbloqueio da rodovia e impedimento de sucessivos protestos.

O documento reafirma que será cumprido o acordo feito durante reunião na quarta-feira entre os índios, a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Analícia Trindade e o coordenador regional substituto da Funai, Sebastião Martins. De acordo com o documento, na próxima semana será feito um “diagnóstico e elaboração das planilhas do planejamento dos recursos demandados para a solução dos problemas enfrentados e indicados pelas lideranças e, ainda, envidando todo esforço administrativo para o funcionamento da base de assistência especial para a população indígena terena, Coordenação Técnica Local (CTL), no município de Matupá”.

Os trabalhos de levantamento e elaboração dos planos de despesas serão enviados à presidência e diretoria da Funai, para acatamento e outras deliberações. “Entretanto, solucionando de vez os problemas enfrentados diante das necessidades que avaliamos verdadeiras e apresentadas por essas lideranças indígenas, ressaltamos que essas negociações dependem de uma relação de confiança entre os indígenas e o órgão indigenista federal, assim ficando estabelecido que o fechamento das negociações foi agendado para o recebimento dos líderes terena no dia 28 de março de 2011, na sede da Funai em Brasília (DF)”, consta no documento.

Os índios terenas, que vivem na terra indígena do Iriri Novo, em Matupá, estavam bloqueando a passagem de veículos no quilômetro 943 da BR-163, próximo a Itaúba, desde segunda-feira), às 12h. Eles utilizavam galhos e pneus e estavam com arcos e flechas para impedir o tráfego na rodovia. Apenas ambulâncias e carros de emergência tinham autorização para passar. Os indígenas reivindicam a implantação de uma coordenadoria técnica da Funai em Matupá, que preste assistência à tribo, pois a coordenadoria mais próxima fica a 250 quilômetros, em Colíder.

Durante os cinco dias de manifestação, muitos caminhoneiros e motoristas se sentiram prejudicados. Por dois dias, o tráfego foi liberado por algumas horas. Durante o bloqueio, os policiais orientavam os motoristas a pegar um desvio que passava por Cláudia, Feliz Natal e Marcelândia, o que aumentava o percurso em 220 Km. 



Paula Fulgêncio Tanure Jardim

Índios assinam TAC para regularização de plantio em terra indígena

Índios das aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados, firmaram um acordo com o MPF (Ministério Público Federal) para acabar com o plantio de soja transgênica e o arrendamento de terras na reserva indígena.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado por 31 índios, totalizando 568 hectares regularizados. As áreas de lavoura e os responsáveis pelo cultivo foram identificados em inspeção realizada pelo MPF em janeiro deste ano.
No acordo, os índios afirmam não arrendar terras e assumem a responsabilidade de comprovar as condições financeiras para o plantio, colheita e comercialização dos produtos. Para tanto, os agricultores devem apresentar documentos que comprovem as operações de venda após cada safra e, ainda, comunicar ao MPF a área e a cultura a ser plantada, com antecedência mínima de 30 dias.
A fiscalização do cumprimento das cláusulas do TAC será feita pelo Ministério Público Federal. A quebra do acordo acarretará em sanções penais, cíveis e administrativas. As lavouras onde for comprovado o arrendamento irregular ou cujos responsáveis se recusarem a assinar o TAC poderão ser destruídas, mediante ordem judicial.
Plantação de soja
No termo, os indígenas também se comprometem a não plantar sementes transgênicas a partir da próxima safra (2011/2012) e a sempre buscar autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) para suas plantações. Além disso, o cultivo deve ser acompanhado de receituário agronômico e obedecer o vazio sanitário, que consiste na eliminação de todas as plantas de soja entre 1º de julho e 30 de setembro, para evitar que o fungo causador da ferrugem da soja se multiplique durante o final da entressafra.
Os agricultores deverão, ainda, observar os parâmetros sanitários e ambientais definidos pela legislação brasileira, inclusive quanto ao recolhimento de embalagens de agrotóxicos e produtos químicos.
Histórico
O Ministério Público Federal trabalha com o ajustamento do TAC desde janeiro de 2011, quando realizou medições das terras agricultáveis na Reserva Indígena de Dourados para identificar as áreas de lavoura e os responsáveis pelo cultivo.
O Termo originou de ação civil pública ajuizada pelo MPF na Justiça Federal de Dourados em outubro de 2009. Segundo investigações, de 1996 a 2008, 400 dos 1,2 mil hectares da área cultivável da reserva indígena tinham sido arrendados. Pelo uso das terras, produtores pagavam valores irrisórios aos índios. Em alguns casos, os indígenas receberiam cem reais por alqueire; em outros, o pagamento seria feito por colheita, cerca de dois mil reais por safra. Há casos, ainda, em que o pagamento pelo uso de sete hectares de terra seria de três mil reais ao ano.
Referência processual na Justiça Federal de Dourados: 2007.60.02.001515-4 (denúncia criminal)


Silvia Brugnara Vasconcelos

quinta-feira, 17 de março de 2011

Índios (que sobraram) do Brasil

Cerca de 0,2% da nossa população são índios. Quem já teve a posse de todo o território nacional agora ocupa 12% do mapa. De um total de 350 mil indígenas remanescentes, aproximadamente 50 mil deixaram as reservas para viver nas cidades ou no campo. Mesmo quem ficou na mata, na maior parte das vezes, passou a ganhar a vida como se fosse um caboclo ou ribeirinho. Para recuperar sua língua, sua cultura e seu passado, os índios dependem da demarcação de suas terras e do acesso à educação diferenciada.
Difícil dizer quantos eram os índios antes do Descobrimento. Calcula-se que havia entre 2 e 6 milhões de indivíduos. Mas um palpite otimista não resolve muita coisa. Ao contrário: quanto maior a estimativa, mais desoladora parece a realidade dos primeiros habitantes do Brasil. Atualmente, eles não passam de 350 mil, o equivalente a três Maracanãs lotados. Você sabe o que isso quer dizer? É possível que, ao longo de nossa história, a população indígena tenha sido dizimada ao ritmo de um milhão por século!
A tragédia indígena não se mede só pelo número de mortos. Tal massacre esconde uma perda ainda mais dramática, porque irreparável. Etnias inteiras foram riscadas do mapa, levando consigo sua cultura e a contribuição que poderiam ter legado à identidade do país. Hoje, o número de agrupamentos indígenas se resume a um quinto do que havia antes de Cabral chegar. Das 216 tribos restantes, apenas 16 rejeitam o contato com não-índios e mantém intactos seus costumes.
Diversidade pouco conhecida
Se certas aldeias são até hoje totalmente desconhecidas dos indigenistas, este não é o desconhecimento mais grave do "homem branco". Muita gente ignora a importância da imensa riqueza cultural dos índios e faz de conta que eles não existem. Quer uma prova? Duvido que você acerte esta pergunta: quantas línguas são faladas no Brasil? Se respondeu "uma, o português" e achou que está abafando, passou foi longe. Há cerca de 170 línguas e dialetos nativos em uso no país.

Você acha que é preciso ir à Amazônia ou ao Parque Indígena do Xingu para saber o que se passa nas tribos? Pois saiba que pode haver aldeias embaixo do seu nariz. Os únicos estados onde não há povos indígenas são Piauí, Rio Grande do Norte e o Distrito Federal. Com um pouco de atenção, você se dá conta de que a influência indígena está em toda parte, até neste texto! É só voltar ao primeiro parágrafo:Maracanã vem do tupi-guarani e é o nome dado a uma espécie de papagaio.
Leis que demoram a sair do papel
Justamente porque a importância cultural dos índios é pouco conhecida, eles continuam tendo seus direitos desrespeitados. Em 1973, o Supremo Tribunal Federal elaborou o Estatuto do Índio, determinando a demarcação de todas as terras indígenas num prazo de cinco anos. No entanto, passados quase 30 anos, só 252 das 568 reservas indígenas foram homologadas.
Um marco na regularização de terras indígenas é o Parque Indígena do Xingu, no norte do Mato Grosso. Foi criado em 1961 pelo então presidente Jânio Quadros, sob orientação dos sertanistas Cláudio e Orlando Villas Bôas. As rixas de tribos rivais são coisa do passado. Hoje o parque abriga um caldeirão étnico onde quatro mil índios de 14 etnias aprenderam a conviver em paz.

Gabriela Sacramento Faria

quarta-feira, 16 de março de 2011

Índios começam a frequentar a Universidade Federal de São Carlos

http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/v/indios-comecam-a-frequentar-a-universidade-federal-de-sao-carlos/1427215/

Rachel Teixeira e Jéssica estão tendo a oportunidade de participar da terceira turma de índios na Universidade Federal de São Carlos, que é única universidade pública do estado de São Paulo a destinar vagas exclusivas para eles.
Essa proposta não só oferece aos índios uma melhor oportunidade de estudo como também dá a eles a oportunidade de crescer e melhorar a própria aldeia, que poderão contar com profissionais que se identificam com a tribo a qualquer momento.
Como consequência, haverá uma convivência entre culturas diferentes que pode ser aceita ou rejeitada por universitários preconceituosos e que não aceitam as reserves de vagas.


Dominique Capdeville

Xacriabás

http://www.youtube.com/watch?v=KaPnWvMWBYk
Vinicius D'Angelo
Vinicius Freitas
Caio Ianelis
Arthur Souza

3ºD

Reportagem

Índios podem bloquear BR-163 próximo a Itaúba
14/03/11

Índios da etnia Terena poderão bloquear, hoje (14), por volta das 11h, a BR-163 próximo a Itaúba (600 km ao norte de Cuiabá). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os índios residem em uma comunidade, a cerca de 10 quilômetros do município, e reivindicam a presença do presidente da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), Márcio Augusto Freitas de Meira.

Segundo o coordenador regional substituto da Fundação Nacional do Índio, Sebastião Martins, eles querem a criação de uma coordenação técnica local. "Eles reivindicam a coordenação, mas já sendo estudada". Sebastião também disse que já comunicou o presidente da FUNAI, em Brasília, e que ainda hoje um representante do órgão poderá ir até o local conversar com os indígenas.

Uma equipe da PRF está na comunidade tentando conversar com os indígenas para que eles não interrompam o tráfego na rodovia e para tentar saber em que e como poderão auxiliar. (Só Notícia).
Comentário
É um absurdo ocorrer reivindicações dessa forma em nosso pais , o órgão responsável deveria tomar medidas para revitar estes protestos melhorando assim as relações entre indígenas e FUNAI.
Fico pensando se os indígenas bloqueiam está rodovia que transtorno que gera para as pessoas que necessitam desta estrada para trafegar, por exemplo diversos caminheiros brasileiros utilizam a rodovia para entregar as mercadorias em determinado destino, imagina se eles ficam em um engarrafamento por algumas horas e o produto tem horário e data marcada para ser entrega.
André Bahia de Paula Gonzaga
3ºD

KRENAKS - Os ultimos Botocudos do Leste


O nome crenaque é uma homenagem ao líder do grupo que comandou a cisão com os gruticraques, no rio Pancas, Espírito Santo, no início do século XX. Os crenaques são os últimos Botocudos do Leste, nome atribuído aos grupos que usavam botoques auriculares e labiais.
Antes da retomada da totalidade da área reservada, ao se chegar à aldeia dos Krenák, podia-se observar o grupo liderado por Laurita Félix à esquerda, uma faixa intermediária de terras não ocupadas e a outra facção política liderada pelo cacique Hin (José Alfredo de Oliveira, também conhecido por Nego, que é tradução do seu apelido em Borun) à direita do ribeirão do Eme.
Hoje, o grupo de Laurita instalou-se nas fazendas localizadas na área de influência do rio Doce, enquanto o grupo de Hin passou a ocupar as que se localizam "atrás ou no fundo" da Reserva, após a grande serra do Cuparaque, que divide a área no sentido Leste-Oeste. O fato de um dos grupos ser liderado por uma mulher - Laurita Félix - é perfeitamente coerente com a tradição Botocudo, no que se refere ao fato de as mulheres deterem o poder de decisão sobre grandes questões internas.
Em termos de representatividade externa, porém, é o cacique que tem voz ativa. Coerentemente com os antigos padrões de ordenamento político, Laurita está preparando seu filho, Rondon Krenák, para assumir as funções de cacique, através do qual, ela poderá exercer de forma mais efetiva o poder sobre o grupo.
A oposição entre as duas metades sociais organizadas em facções políticas é amenizada pelas regras exogâmicas de casamento entre as famílias extensas - Isidoro, Félix, Damasceno e Souza -, pois, ao estabelecer alianças matrimoniais, o grupo consegue amenizar os conflitos e, assim, define-se um convívio relativamente amistoso entre as famílias e os dois grupos. A prole resultante dessas uniões recebe o sobrenome do pai e é identificada como membro da metade à qual este pertence. A exceção ocorre em situações de casamentos interétnicos nos quais a mãe seja Krenák, quando, apesar do sobrenome ser o paterno, a pertinência é definida pela metade à qual a mãe pertence.
No caso dos Krenák, um dos fatores de oposição decorre, também, do fato de o grupo liderado por Laurita Félix ser Nakre-ehé e Miñajirum, oriundos do aldeamento do Pancas, o que fez com que nunca se integrassem totalmente aos Krenák, originalmente estabelecidos no ribeirão do Eme, representados pelo cacique Hin. Nessa posição de disputa pela liderança, Laurita busca seus fundamentos argumentando o poder tradicional das mulheres e o fato de as mesmas deterem o conhecimento histórico da trajetória do grupo, da língua e dos rituais.
Além de Laurita, há outras figuras femininas representativas: sua filha, Marilza, a xamã dos Krenák, Sônia e Paula, aliadas da família Félix, todas envolvidas nos esforços de reviver a língua Borun, os cantos, os rituais e a tradição de socializar as crianças pelos métodos tradicionais. Nesse processo revivalista, o papel de Marilza Félix é extremamente importante. Na qualidade de única xamã e dizendo-se porta voz do seu antecessor Krembá, afirma ser deste a determinação de serem realizados os trabalhos de reorganizar o grupo, voltar a "dançar" seus rituais, fazer arcos e flechas, curar suas doenças pela forma tradicional, falar sua antiga língua e recuperar o mastro sagrado, levado da aldeia na década de 30 por Curt Nimuendajú. Apesar dos esforços dos índios e de consultas realizadas, não foi possível até o momento localizar o referido mastro.
Nesse novo contexto, observa-se, portanto, que os Marét perderam importância no novo panteão Botocudo, embora o medo aos Nanitiong e aos espíritos dos mortos, que não receberam alimentos e cuidados rituais, continue presente. Atualmente, os Tokón assumiram o papel central do universo religioso Krenák, estando profundamente associados à disputa política entre as duas metades.
O grande desafio vivido, hoje, pelos Krenák é o de se ajustarem ao novo/antigo espaço de quatro mil hectares, viabilizarem sua exploração econômica, apesar da baixa densidade demográfica e da falta de recursos para investirem de modo a terem acesso ao mercado regional. Aliás, essa pretensão encontra outra grande barreira na oposição, preconceito e má vontade dos moradores das cidades vizinhas, cujas autoridades consideram como um grave prejuízo para a comunidade de produtores rurais, cooperativas e prefeituras locais as terras terem retornado ao domínio dos índios.

domingo, 13 de março de 2011

Os Xacriabás

A Nação Indígena Xacriabá, foi contatada em período remoto da história da colonização. Foi no século XVI, que a expedição do Mestre de Campo Matias Cardoso de Almeida, bandeirante paulista que consagrou parte da sua vida a debelar aldeias indígenas no sertão mineiro, perseguiram e surpreenderam os Xacriabás aldeados às margens do rio Itacarambi, e num duelo desigual das raças, decretaram a morte de centenas de nativos, tingindo de vermelho, as águas cristalina do Itacarambi, com o sangue das frágeis vítimas daquele funesto acontecimento, no histórico dia 24 do mês de junho de 1695.

A partir do século XIX a Nação Indígena Xacriabá passa a receber e estabelecer contato com retirantes baianos, migrantes da região seca do sul da Bahia e negros alforriados que edificaram um valhacouto no então conhecido como “terreno dos caboclos”. Sabendo que ali se tratava de terras dos índios, com limites fixados pela doação de 1.728, em cuja escritura, estar patenteada à ordenação e controle territorial que o potentado exercia na região, os imigrantes pediam permissão ao Cacique para cultivar a terra, fazer roçados e moradas. Permissão concedida estabelecia-se o pacto e o Líder determinava o local para compartilhar o território. A diversidade dos Xacriabá foi tecida ao longo do tempo, de geração em geração, através das miscigenações provocadas pelos casamentos espúrios e das alianças políticas. Desta feita, os Xacriabá, marcados por uma história de lutas e acordos, garantiram, até então, a ocupação de um grande território, sob a liderança inconteste dos caciques. Com o passar do tempo os filhos de ocupantes, vieram reivindicar a propriedade da terra, o que resultou em diversos conflitos com os Xacriabá.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Índios Nambikwaras mudam hábitos e alcoolismo aumenta em reserva

Redação 24 Horas News

Os motivos não são mais os mesmo. Acostumados a beberem sua bebida tradicional, a Chicha (bebida fermentada feita à base de milho, arroz ou mandioca), em rituais funerários e batismos, os índios agora fazem uso do álcool em qualquer ocasião. É o caso da etnia Nambikwara, aonde a incidência do alcoolismo vem crescendo a cada ano.
De acordo com Fernanda Miranda, enfermeira responsável pela assistência à saúde nas aldeias Nambikwara, a bebida também mudou. “Hoje eles consomem muita bebida destilada. Aliás, em nossas reuniões com os indígenas, procuro sempre ressaltar o resgate da bebida cultural, pois, no caso dos nambikwaras, a Chicha não é fermentada, ou seja, não possui teor alcoólico algum”, destaca.
Os trabalhos com a etnia tiveram início há sete meses. Primeiramente, o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Cuiabá - da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) - realizou um levantamento do número de dependentes. Desta forma, conseguiu identificar que o fácil acesso às zonas urbanas foi crucial para o agravamento do alcoolismo na região de Sapezal (480 km da capital). Partindo da necessidade de ações de prevenção e tratamento, do início deste ano para cá, três índios vem conseguindo controlar a dependência e já contribuem como multiplicadores, dando seus testemunhos.
Fernanda conta que alguns índios têm resistência em tratar do assunto. “Sempre que vou às aldeias, converso com os caciques e lideranças para convocarem os membros a fim de participarem das reuniões”, revela sua estratégia ao destacar que os trabalhos de prevenção também são realizados nas escolas. “Já existem casos de adolescentes que fazem o uso precoce da bebida e isso nos preocupa muito”, sinaliza.
É nas festividades que Fernanda vê uma ótima oportunidade de conversar com os índios sobre o consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Em algumas ocasiões, as festividades podem duram até 30 dias, como no caso da ‘Festa da Menina Moça’. Ao chegar à puberdade, em sua primeira menstruação, a jovem índia é isolada dentro de casa por cerca de um mês. Neste período, a aldeia festeja com muita comida, bebida e danças. A comemoração é encerrada com a apresentação da nova moça à aldeia.
“Recentemente, foi realizada uma festa junina na aldeia. Dançamos quadrilha, fizemos diversas brincadeiras e brindamos a festa de São João com quentão sem álcool. Esta foi a primeira tentativa de excluir qualquer tipo de bebida alcoólica de uma festa. Todos gostaram e celebraram a tradição católica ”, destaca Fernanda.
Hugo Fernandes

Brasil: Indígenas visitam Europa para falar sobre impacto negativo das hidroelétricas na Amazónia


Três índios da Amazónia estarão na Europa esta semana para falar sobre o impacto negativo da construção de hidroelétricas nas suas terras, declarou hoje uma responsável da organização não-governamental Survival International.

“O objetivo da viagem (dos indígenas) é falar sobre a construção de hidroelétricas na Amazónia, principalmente no Brasil e no Peru”, disse Fiona Watson à Lusa, por telefone, em Londres.

Ruth Buendia Mestoquiari, uma índia ashaninka do Peru, Sheyla Juruna, uma índia juruna da região do Xingu, no Brasil, e Almir Suruí, do povo suruí de Rondônia no Brasil, serão os representantes indígenas que farão o apelo para que três projetos de construção (alguns já iniciados) de centrais hidroelétricas na Amazónia sejam impedidos.

As hidroelétricas em questão são Belo Monte, no estado brasileiro do Pará, o Complexo do Rio Madeira - com duas hidroelétricas - no estado brasileiro de Rondônia, e a hidroelétrica de Pakitzapango, no Peru.

“(Os três índios) querem falar sobre qual será o impacto para os indígenas, que será enorme, no sentido de que irão perder as florestas, os peixes. Muitos dos índios da Amazónia sobrevivem basicamente dos peixes”, sublinhou Fiona Watson.

A responsável da organização não-governamental disse que o impacto social também será muito grande, na medida que a construção das hidroelétrica leva muitas pessoas de fora para a região, provocando 
mais desflorestação e expondo os índios às doenças, à prostituição e ao alcoolismo.

“O governo do Brasil não realizou consultas e, de acordo com as normas internacionais, em qualquer projeto de desenvolvimento em terras indígenas, os governos e as empresas envolvidas devem consultar e conseguir o consentimento prévio e livre dos povos em questão”, referiu Fiona Watson.

A responsável da ONG declarou que, em nenhum caso no Brasil, os povos indígenas não foram ouvidos e estes gostariam de sê-lo.

Fiona Watson ainda disse que os maiores interessados na construção destas hidroelétricas são as companhias de mineração da região e não propriamente a população.

A delegação indígena estará em Paris, na França, na sexta-feira e no sábado, onde participarão numa conferência no Instituto Latino-Americano, após se reunirem com a senadora francesa Marie-Christine Blandin.

Depois participam numa manifestação no sábado, no Parvis des Droits de l’Homme, em Paris.

Os indígenas estarão ainda num protesto, na quarta-feira, em Londres, em frente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES - principal financiador brasileiro dos projetos das hidroelétricas), tendo também um encontro agendado com os parlamentares britânicos.

Os indígenas já passaram por Oslo, na Noruega, estando agora em Genebra, onde visitam a Nações Unidas antes de partirem para a França.

Índios pataxós lutam para resgatar as tradições culturais

Na chegada do ano 2000, o Globo Rural dirigiu seu olhar para os 500 anos do descobrimento do Brasil e para os primeiros habitantes de nossa terra. O assunto foi a recuperação da cultura dos índios pataxós. Para eles, o contato com o homem branco provocou a perda da terra, dos costumes e até da própria língua.

Em 500 anos de contato com o homem branco, os pataxós perderam muito, a começar pela terra. Quando os portugueses desembarcaram em Porto Seguro, em 1500, encontraram os índios tupis. Mas em toda a região, desde o norte do Espírito Santo até a altura de Ilhéus, na Bahia, viviam também os ancestrais dos Pataxós. Hoje, os Tupis estão extintos. Os pataxós ainda lutam por seu espaço.

Depois de cinco séculos, é possível se notar gente que nem tem mais feições típicas de índio. Há muita mistura de sangue, com negro e com branco. Dispersos, com pouca defesa no contato com o mundo, as tradições pataxós foram desaparecendo.

Só há dois anos, isso começou a mudar, com a criação das reservas pataxós. A reserva visitada tem 2300 hectares. Fica na Coroa Vermelha, balneário de Santa Cruz de Cabrália, ao lado de Porto Seguro, o portal da descoberta do Brasil pelos portugueses.

Só depois da conquista da terra que começou todo o trabalho de recuperação das tradições culturais dos pataxós, para resgatar músicas, danças, comidas e até plantas que eles deixaram de cultivar ao longo de tantos anos, sem ter terra para viver.

Hoje, a maioria dos pataxós mora na vila da Coroa Vermelha. Para comemorar os 500 anos de Brasil, o Ministério da Cultura construiu o Centro Cultural Pataxó. No centro funcionam o posto médico, uma área para cursos e treinamento e uma escola, onde as crianças aprendem a língua indígena, músicas e danças. A preocupação maior é inspirar nas crianças o orgulho de ser pataxó.

A planta parecida com a mandioquinha, que os pataxós colhem, é a araruta. Dela se faz o polvilho usado pelos índios na produção de remédios, beiju e mingaus. A araruta faz parte de um programa da Embrapa de Recursos Genéticos para resgatar plantas que os Pataxós cultivavam antigamente e que se perderam com o tempo.

O Globo Rural registrou a primeira colheita de araruta em terras pataxós depois de décadas de seu desaparecimento da região. Para os mais velhos é uma oportunidade de matar as saudades da infância. Já para os mais jovens é uma completa novidade. A araruta colhida na roça vai sendo limpa e ralada.

As crianças que estudam na escola do centro cultural logo aparecem e se encantam com a história da araruta.

O resgate genético também envolve a área onde fica a Reserva da Jaqueira, que se estende por 800 hectares de floresta atlântica. No lugar trabalham 50 índios, que desenvolvem atividades ecológicas e culturais.

O passeio pela Reserva da Jaqueira revela alguns segredos da floresta atlântica, guardados na memória dos índios mais velhos. O guia da equipe de reportagem pela trilha é o pajé Remunganha, com sua fala plena de humor e sabedoria.

Na Reserva da Jaqueira os pataxós organizam suas festas, algumas abertas aos turistas. Hoje, a cerimônia é de casamento. Os índios jovens, em idade de casar, cortejam as moças jogando flores. Depois, participam da corrida de toras. O mais rápido tem o direito de escolher a noiva primeiro.

Hoje em dia, os noivos se escolhem livremente. Mas alguns se casam em cerimônias tradicionais. Foi o caso de Taciriema, de 15 anos, e Araçanã, de 16 anos. Eles celebraram a união cercados pela comunidade indígena e na língua maxacali, que substituiu o já extinto idioma pataxó.

Taciriema e Araçanã formam uma nova família Pataxó, confiantes de que esse trabalho de resgate cultural garanta ao seu povo um futuro melhor. Quem sabe um dia seus filhos possam olhar para o passado com o conhecimento e o orgulho que perderam nos últimos séculos.

Em cinco séculos, mais de mil grupos indígenas foram extintos no Brasil.

http://www.defender.org.br/indios-pataxos-lutam-para-resgatar-as-tradicoes-culturais/

Índio guarani vende filha a homem branco por R$ 2 mil

Na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, vivem índios guaranis kaiowás e terenas, que estão entre os povos mais ameaçados do Brasil. O Fantástico foi a uma das oito reservas criadas em Mato Grosso do Sul por volta de 1920 com o discurso de integrar a população indígena à sociedade. Famílias inteiras foram retiradas das áreas de origem e levadas para lá. Acostumados com muito espaço, os índios tiveram que se adaptar a uma nova realidade.

Só nas aldeias Jaguapirú e Bororó são cerca de 12 mil índios guaranis em uma área que fica praticamente dentro da cidade de Dourados. Falta espaço para plantar.

“Nossa dificuldade é para plantar. Tem pouco. Não tem casa boa. Não tem luz. Tem dificuldade até para comida”, lamenta a índia Élvia Araújo.

Mas o principal problema é a violência.

Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do Brasil. Segundo o Ministério Público Federal, a taxa de homicídio entre os guarani-kaiowá do estado é de cem para cada 100 mil habitantes, quatro vezes a média nacional.

“Um índice superior ao do próprio Iraque. Você tem uma população submetida a um índice de violência extremo”, aponta o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida.

A proximidade com os brancos trouxe para as aldeias muito mais do que um novo idioma. De carona vieram o álcool, a maconha, a cocaína. Até a droga mais devastadora do momento já chegou por aqui.

“Aqui está rolando de tudo, já. Crack, maconha e até cocaína”, alerta a vice-líder da aldeia, Leomar da Silva, vice-líder da aldeia.

Uma índia de apenas 14 anos diz que está acostumada a fumar maconha com os amigos.

“Quando nós fumamos cinco, bomba aqui. Gostei da maconha até a primeira vez. Quando chego alguém com maconha, eu fumo”, diz.

O consumo de álcool e drogas potencializa a violência. Quando a equipe do Fantástico estava na aldeia Bororó, a índia Márcia Soares Isnardi, de 21 anos, tinha morrido apedrejada. O corpo foi encontrado no dia seguinte na beira da estrada.

“Ela estava tomando bebida alcoólica na casa da mãe dela. E de lá ela subiu para cá. E acabou morrendo no meio da estrada”, lembra o cacique e tio da índia morta, César Isnardi.

Quem sobrevive aos ataques violentos não esconde a tristeza. A índia Lucilene levou uma facada no rosto, quando o marido chegou em casa drogado. “Meu marido me batia porque ele fumava maconha. Fumava e bebia. Fumava droga”, conta.

Nas aldeias não há nenhum tipo de policiamento preventivo. Mas as autoridades têm conhecimento do que acontece por lá.

“Esse tráfico de drogas é o carro chefe de uma série de outros delitos que são consequência: violência doméstica, furtos, roubos”, comenta Antônio Carlos Sanches, delegado da Polícia Federal.

Uma vez por semana, pais de família se unem e vão para as ruas em um patrulhamento comunitário na aldeia.

“Eu peguei um menininho com 14 anos, drogado, louco. O que vai acontecer com esse menor?”, questiona diz uma mulher.

Não muito longe dali, no município de Ponta Porã, as adolescentes indígenas são as principais vítimas da desestruturação familiar das aldeias. Na fronteira entre Brasil e Paraguai, no município de Pedro Juan Caballero, do lado brasileiro, há vários pontos de prostituição de adolescentes, inclusive indígenas. A Iraci faz parte do Conselho Tutelar de Ponta Porã.

“A nossa divisa é só uma rua. E os adolescentes das aldeias que vêm se prostituir sabem desse limite nosso de autoridade aqui. Atravessou para lá, o conselho não pode fazer mais nada”, diz Iraci de Oliveira.

Uma índia tem 17 anos. Ela conta que se prostitui para comprar comida.

Repórter: O que você faz aqui no asfalto?
Índia: Passear.
Repórter: Passear é o quê?
Índia: Procurar dinheiro.
Repórter: Como que ganha dinheiro aqui?
Índia: Fazer programa.
Repórter: Quanto você ganha a cada programa que você faz?
Índia: R$ 30, R$ 40.
Repórter: O que você faz com o dinheiro?
Índia: Fazer comida.
Repórter: A sua mãe sabe que você está aqui?
Índia: Sabe.
Repórter: O que ela diz?
Índia: Vai procurar dinheiro.
Repórter: Ela sabe que você faz sexo?
Índia: Sabe.

Outra menor guarani, do início da reportagem, tenta se recuperar do trauma de ter sido vendida pelo pai ao dono de uma olaria por R$ 2 mil e mais uma antena parabólica.

Repórter: E aí você foi para a casa deste homem? E o que você sentiu?
Índia: Senti medo. Só sabia gritar.
Repórter: E o que ele falava?
Índia: Que ia transar comigo e me abusou.

Nós procuramos o homem que teria comprado a menina, mas ele não foi encontrado.

A Índia, hoje com 15 anos, vive em uma casa de proteção ao adolescente. Ela diz que não quer voltar a viver na aldeia. Vai se dedicar aos estudos e quer ser professora. “Eu quero ser alguém na vida, ter uma profissão”, diz.

“Solucionando a questão das terras, a gente cria um ambiente favorável para diminuir essa situação de violência que acontece tanto dentro das comunidades como também contra os próprios indígenas”, aponta Marcio Meira, presidente da FUNAI.

E os guarani ainda mantêm a tradição das casas de reza. Seu Getúlio diz todos os dias que pede aos deuses para pedir proteção e paz nas aldeias.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

MAXACALIS

A Origem do nome
A origem do termo "maxakali" é desconhecida e não foi criada pelos Maxacalis tanto que não conseguem pronunciar com facilidade. Segundo Nimuendajú, o termo que usavam para denominarem era "Monacó bm" (1958:54) É bem possível que ele estivesse se referindo ao termo para "antepassado" mõnãyxop.
O termo usado para auto-designação é tikmũ'ũn que é também um coletivo - "nós".
Fonte: http://www.grupomaxakali.com/origem-nome-maxakali/





Localização Geográfica

No início vagavam pelo Nordeste de Minas, Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo. Após conflitos com homens brancos e colonizadores europeus, agora vivem em reserva no Vale do Mucuri, no nordeste do estado, abrangendo dois municípios. No município de Bertópolis fica a aldeia de Pradinho. No de Santa Helena de Minas, a de Água Boa.
Fonte: http://maxakali.blogspot.com/




Antecedentes Históricos

Não podem ser identificados como um único grupo, mas como um conjunto de vários. Se articulavam politicamente como aliados e se aldearam conjuntamente. Em 1808 ocorreu a invasão sistemática de seus territórios e se ampliaram os conflitos com outros grupos. A confederação era composta por: —Pataxós,— Monoxós ou amixokoris,— Kumanoxós, —Kutatóis, —Malalís, —Makonís, —Kopoxós, —Kutaxós, —Pañâmes.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maxacalis




Características da Cultura
Única tribo que mantém a língua mãe falada pela maioria de seus membros. Aprendem português e maxacali nas escolas. Mantêm viva sua cultura e tradição.
Fonte: http://www.mntb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=122&Itemid=211




Conflito de terras entre homens brancos

Aldeia desmembrada pelos neo-brasileiros. Os índios foram empurrados de suas terras e retiraram-se para leste. Em 1917 suas terras foram invadidas pelo tenente Henrique. Joaquim Fagundes – convivência e venda ilegal das terras indígenas. Perderam vidas e terras devido a expansão agropecuária. Fornecem bebidas para embriagá-los e tirar proveito da situação.
Fonte: http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_indios-e-minorias/

Atividades Econômicas
Plantio de pequenas roças. Criação de pequenos animais. Venda da produção agrícola nos centros urbanos 



Serviços em lavouras.
Fonte:http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJA63EBC0EITEMIDBAC2EE1F4A04452FA1DECEF5232636CCPTBRNN.htm




Problemas nos dias de hoje

atualmente eles enfrentam problemas como miséria, saneamento básico precário, alcoolismo, surto de diarréia que fez vítimas como conseqüência das péssimas condições de higiene e destinação do lixo.
Fonte: http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_indios-e-minorias/

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fotos:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,11481269-EX,00.jpg
http://brasil.indymedia.org/images/2005/10/335019.jpg


Bibliografia



Conflito de terra com os brancos

Os conflitos com os homens brancos geraram perda de terras, de costumes e da própria língua.
 
Atualmente, há muita mistura de sangue, com negro e com branco. Dispersos, com pouca defesa no contato 
com o mundo, as tradições pataxós foram desaparecendo.
 
Principais atividades econômicas
 
-Agricultura de subsistência;
- Criação da lavoura comercial do cacau;
-Criação de gado;
-Pesca;
-Caça;
-Artesanato.
 
Problemas atuais 
Dificuldade em reconquistar as terras perdidas para brancos;
Perda de tradições culturais e identidade histórica;
Dificuldade para resgatar músicas, danças, comidas típicas de sua cultura;
Vivem em precárias condições;
São como “ponto turistico” para visitantes brasileiros e do exterior.
 
 

Índios Pataxós

  Pataxó, segundo os índios era o barulho que as águas do mar faziam quando batiam nas pedras.  Vivem em sua maioria na Tera Indígena do Monte Pascoal, Porto Seguro.

  Não se existe documentos mas os Pataxós dissem ser os primeiros a manter contato com os portugueses.  O entendimento ou a aceitação dos pataxós pelo homem branco aconteceu em 1925.

Características gerais
  Vivem da plantação e da venda de seus produtos artesanais, como a lança, o arco e a flecha, colar.
 
Suas casas são de adobe.
 
São curandeiros, pois acreditam que espíritos maus podiam ter influência em suas vidas, quando houvesse 
desobediência.
 
Constituem base da sua alimentação o peixe, a mandioca, o coco, o cacau e o abacaxi.
 



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Blog de história

  Este blog tem como objetivo, ampliar os conhecimentos sobre as diferentes tribos indígenas presentes em Minas Gerais. Aprender seus costumes, crenças e cultura.
  O blog irá focar, principalmente, na tribo Xacriabás, para que agride os alunos da ETFG-BH no Programa de Empreendedorismo Social (PES), que neste ano será realizado junto aos Xacriabás. Servirá de auxílio para compreender melhor os costumes da tribo.